Com objetivo de tornar os homens protetores das mulheres, vários canteiros de obras estão sendo visitados para falar sobre prevenção e combate à violência doméstica e familiar
Comunicação Seconci-DF
Falar sobre violência contra mulher com os trabalhadores e torná-los protetores e defensores da causa. Esse é um dos objetivos do projeto ‘EU PROTEJO AS MULHERES’, iniciativa do Serviço Social da Indústria da Construção Civil do DF (Seconci-DF), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-DF) e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Brasília (Sticombe). Até o momento, a equipe já visitou 10 canteiros de obras com cerca de 1.500 trabalhadores sensibilizados.
‘EU PROTEJO AS MULHERES’ começa com uma palestra de sensibilização, em seguida há a entrega de um adesivo para fixação nos capacetes. Mas o projeto vai muito além disso, como explica a assistente social do Seconci-DF, Roseane dos Santos. “Nós vamos até o canteiro para que eles saibam que estamos preocupados e queremos ajudar; nossa ajuda está disponível para a vítima, os familiares e o potencial agressor. Precisamos entender por que essa violência está acontecendo e como amparar quem precisa: para isso, contamos com nossos profissionais do psicossocial para dar seguimento depois da palestra em atendimentos individualizados de quem precisa ou esteja passando por algum tipo de violência”, conta Roseane.
Acompanhando Roseane durante as palestras, o técnico de segurança do trabalho do Seconci-DF, Solano Nascimento, reforça a importância desse tema dentro das obras. Ele comenta que sempre há algum relato de alguém que presenciou uma situação de violência, seja de um parente, familiar ou amigo próximo. “Tem sido um trabalho de descobertas e de conversa com os trabalhadores. Muitos conseguem relatar situações vivenciadas sobre o tema e isso é enriquecedor porque mostra para os colegas a importância do tema e de se falar sobre o assunto nos canteiros”, afirma Solano.
Corroborando a fala do Solano, durante visita num canteiro no Sudoeste, um dos trabalhadores quis relatar sua experiência. O carpinteiro Claudionor do Nascimento contou para a equipe do projeto que uma irmã esteve em situação de violência. “A palestra foi muito esclarecedora e, muitas vezes, a gente esconde esse tipo de situação por não ter coragem de expor, falar dos assuntos que acontecem nas famílias brasileiras. O tema abordado na palestra do Seconci é vivenciado por muitas famílias que não sabem como pedir socorro e esse apoio é um caminho que pode ajudar quem precisa”, finalizou Claudionor.
Até o final de agosto, estão previstas mais 7 palestras do projeto com alcance estimado de mais de dois mil trabalhadores. Os trabalhadores, familiares e mulheres que precisam de apoio, podem entrar em contato com o serviço psicossocial da instituição para mais informações e agendamento com os profissionais da área. Basta ligar para (61) 3399-1888 ramal 211 ou entrar em contato pelo e-mail social@seconci-df.org.br .